O Segredo de Como Ser Mais Criativo

O Segredo de Como Ser Mais Criativo

Opa! Sabia que para ser mais criativo, tudo que você tem que fazer é roubar? Roubar o tempo todo.

Pode parecer estranho à primeira vista, mas se você parar para analisar, nada é original. Portanto, entregue-se à influência! Eduque-se através do trabalho dos outros.

Um dos livros que me inspirou a escrever este post foi o Roube Como Um Artista, de Austin Kleon, onde ele fala que a criatividade não é algo que vem do nada, out of the blue1.

Assim, o processo de inventar algo vem do acúmulo de dezenas, centenas, milhares de informações que recebemos diariamente em nossas mentes e que permitem às nossas sinapses mentais, criar algo novo.

Ou seja, uma nova grande ideia, na imensa maioria das vezes, nada mais é que um remix de ideias velhas.

O grande segredo de como ser mais criativo está em misturar tantas fontes diferentes que as pessoas ao seu redor não consigam mais reconhecer a origem de algo.

E aí, o trabalho torna-se genial.

Abaixo, 5 pequenos macetes para você desenvolver a sua criatividade.

Nossa! Isso é incrível!

1 – Colecionar

Um alerta para não se confundir: Um colecionador é diferente de um acumulador. Um acumulador apenas atola-se de coisas indiscriminadamente.

Já um colecionador, coleciona coisas que realmente amam.

Em outras palavras, só colecione boas ideias. As ruins, descarte-as sumariamente. Quando melhor o material coletado, melhor a qualidade do que irá te influenciar.

Entendi… Mas como selecionar? Deixo Jim Jarmusch2 explicar, pois é maestral.

Roube qualquer coisa que ressoe em você, que inspire ou abasteça sua imaginação. Devore filmes antigos, filmes novos, música, livros, pinturas, fotografias, poemas, sonhos, conversas aleatórias, arquitetura, pontes, sinais de rua, árvores, nuvens, bacias hidrográficas, luz e sombras. Para roubar, selecione apenas coisas que falam diretamente à sua alma. Se você assim fizer, seu trabalho (e furto) será autêntico.

Jim Jarmusch

2 – Não Confunda Educação com Escola

Escola é uma coisa. Entretanto, educação é outra.

E ambas não são diretamente relacionadas. Você não precisa de uma escola para ter educação. Estando ou não na escola, sua tarefa será sempre melhorar o seu desenvolvimento.

Dessa forma, seja sempre curioso em relação ao mundo. Sobre tudo. O Google é um aliado nos tempos modernos. Use-o com abuso.

Toda a vez que você tiver uma dúvida, uma curiosidade, sonhou algo, pergunte antes a opinião do Google. Você acabará esbarrando na resposta ou numa pergunta ainda melhor.

Pesquisar por si, ler sempre, buscar ser autodidata é essencial para fazer seu cérebro ficar afiado.

Entenda, se você depender sempre de um professor, um tutor, um curso profissionalizante ou o que for, sua mente fica preguiçosa, apoiada na desculpa de não ter feito o tal curso disso ou daquilo.

Que mané escola, o quê!

3 – O Melhor Momento para Começar é Agora

Talvez um dos problemas que boa parte das pessoas reclamam que não conseguem “pensar em algo que revolucione”, que não sabem como serem criativas, é ficarem deixando para depois.

Principalmente, planejando. Quase pronto. Falta pouco.

Faça agora!

O melhor momento para começar a fazer alguma coisa é agora. Já. Imediatamente.

Lembra da dica 1 ali em cima? Pois colecionar inclui seus próprios erros e acertos. Só tentando fazer, errando, tentando, errando, seu cérebro aprende coisas e você se torna capaz de pensar coisas revolucionárias.

Se você não trabalha com eletricidade e vivencia isso no dia-a-dia, poucas serão as chances de você desenvolver uma lâmpada revolucionária e incrível. Não impossível, mas poucas. Bem poucas.

Lembre-se sempre, sua mente precisa de subsídio, de informação, para cruzar tudo e criar coisas.

“Como eu vou fazer?! Eu não sei fazer corretamente ainda..!”

O mundo inteiro é um palco,

E todos os homens e mulheres não passam de meros atores:

Eles entram e saem de cena;

E cada um a seu tempo representa diversos papéis.

William Shakespeare

Em português claro, fingir até conseguir. Finja ser algo que você não é, até ser – finja ser bem sucedido, até todos te olharem da maneira como você quer. Finja fazer algo até estar realmente fazer algo3.

“Finja até conseguir”

E claro, não pode faltar o alerta. Você está finjindo, apenas. Não se sinta sabichão. Lembre-se da dica 2.

4 – Comece Copiando

A mente humana não é capaz de fazer uma cópia perfeita de nada. Só aí você, sem perceber, está sendo original.

Até Paul McCartney confessou que no início imitou Buddy Holly, Little Richard, Jerry Lee Lewis, Elvis… Por que você não pode?

Primeiro você escolhe quem copiar. Depois, o que copiar.

Escolher é fácil. Escolha seus heróis, suas referências favoritas, pessoas que você ama, que te inspiram. Quem você quer ser.

Escolha alguns heróis. Lembre-se, copiar um autor é plágio, mas se copiar de vários, é pesquisa.

Se há uma pessoa que te influencia, todos dirão que você é seu sucessor. Mas se você rouba de cem pessoas, todos dirão que você é muito original!

Gary Panter, cartunista.

O que copiar? Essa parte é mais difícil. Não tente roubar o estilo, roube o pensamento por trás do estilo. Você não quer parecer seus heróis. Você quer olhar as coisas como eles olham.

Se tentar apenas mimetizar alguém sem entender de onde as coisas vêm, não passará de uma farsa.

5 – Use Suas Mãos

Saia da frente da tela do computador. Seja um pouco digital: use seus dedos.

Veja ao seu redor – caso esteja em um escritório cheio de cadeiras e baias de trabalho – pessoas paradas. Imóveis.

Não é preciso ser um cientista de foguetes para perceber que sentar o dia inteiro na frente do computador está matando você, matando seu trabalho, matando sua criatividade.

É necessário se mover, para sentir que está se fazendo algo com o seu corpo, não com a mente. Trabalho que vem só da mente não é nada bom. Observe um grande líder em uma palestra. Um grande músico em um concerto. Seu corpo é parte do trabalho.

Se arranhamos um violão, embaralhamos anotações e recados em uma mesa de reunião, começamos a mexer com barro, essas ações disparam nossos cérebros a pensar.

O computador é bom para editar ideias, mas não é muito bom para gerar ideias. O computador estimula o perfeccionismo com a tecla Delete. Editamos as ideias antes mesmo de tê-las.

Uma mesa sem computador! Tudo bem, você não precisa de lápis de cores. Um bloco de papel, um caderno, uma caminhada, uma marcenaria, uma cavada no jardim.

Espero que essas dicas dêem uma força no seu processo criativo!

Não deixe de compartilhar com todo mundo que você achar que está meio travado, meio perdido.

Um ótimo trabalho!

Deixe suas dúvidas ou sugestões de conteúdo nos comentários abaixo!

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